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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

“Belle Femme”

Por quanto esmeralda
Serás lapidada
Do mais puro amor

Serás como fruta,
Mulher, prostituta,
Darás teu sabor

Serás indomada
Como onça pintada,
Leão sem temor

Serás a vaidade
Em fé e em verdade
Um show de horror

Pois rosa maldita
É flor parasita,
É planta sem cor

Serás impiedosa
Sem fé, poderosa,
Trarás o terror

Pois antes pintura,
Mulher, tens ternura,
Paixão do pintor

Serás a palavra
Que a língua destrava
Nas mãos do escritor

Por quanto criatura
Trarás amargura
Ao teu criador

Serás assassina
Pois antes menina
Perdeste o pudor

Menina indecente
Do mundo clemente
Já não sente dor!

Thyago Ribeiro

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Das brancas penas de tuas asas,
Das asas brancas do divino,
Da divindade de tua farsa,
Da falsidade do destino.

Do teu destino que arde em brasas,
Brasas brandas em ti surgindo,
Decaem as penas de tuas asas,
Decaem os sonhos de um menino.


Thyago Ribeiro

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

“O palhaço III”


Palhaço
Profeta
Ilustre
Poeta

Na praça
Na raça
Encanta
Com graça

E chora
E ri
Lá fora
E aqui

E sonha
Seus causos
Com beijos
E aplausos

E brinca
E dança
Eterna
Criança

Moleque
Levado
Menino
Danado

Palhaço
E louco
De tudo
Um pouco

Thyago Ribeiro