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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

“Só(neto) 14”

No primeiro procuro um sentido
No segundo já estou perdido
No terceiro vejo um você
No quarto te rimo com sofrer

O quinto termina assim
No sexto tens dó de mim
O sétimo revela o amor
No oitavo já cito a dor

Agora escrevo a nono
No décimo já te abandono
E no décimo primeiro me apaixono

Enfim o décimo segundo
O décimo terceiro é profundo
E no décimo quarto um final vagabundo;


Thyago Ribeiro

“Cru”

Ser cru
É o ser fiel
Ser cruel


Thyago Ribeiro

domingo, 13 de fevereiro de 2011

   A vontade de gritar era insuportável e minha cama não era mais um local agradável; Eu não aguentava mais ignorar esse amor, viver como um amigo, te ter como um favor; Meu coração implorava por lágrimas, mas minha mente insistia no não; Ainda assim me encontrei encostado num canto, da escuridão logo surgiu o pranto e do amor foi-se embora o encanto; Jurei que seria forte, jurei não ficar por conta da sorte; Fui fraco, me rendi a você; Sou fraco, só você não pode ver;


Thyago Ribeiro

sábado, 12 de fevereiro de 2011

“Poseidon”

Ausente e presente
Poderoso tridente

Vá em frente, clemente
Saudoso e prudente

Ausente e presente
Poderoso tridente

Vá em frente e enfrente
O maldoso imponente

Ausente e presente
Poderoso tridente

Vá em frente, clemente
Maldoso, impotente!


Thyago Ribeiro

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

“Olhar sombrio”

Olhando no vazio
Vejo nada, sinto o frio
Vejo água, corre o rio
Vejo mágoa, olhar sombrio;


Thyago Ribeiro

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

“Hospício”

Embora ainda esteja sóbrio
A loucura me torna um ser impróprio

Embora a vida me pareça inútil
A necessidade de viver torna o mundo algo útil

Embora a solidão seja mais que uma companheira
A comunhão e a convivência fazem da dor minha parceira

Embora nada seja verdade
Ainda sei o que é sonho, o que é realidade;


Thyago Ribeiro

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

“Clichê”

O poeta apaixonado
Escreveu outro clichê
Ele está louco, alucinado
Ele está louco por você;


Thyago Ribeiro

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

“Luz”

Avante, doravante
Luz tão petulante

Levante e encante
Esse mundo tão errante

Avante, doravante
Luz tão petulante

Levante e quebrante
O coração do seu amante

Avante, doravante
Luz tão petulante

Levante confiante
Levante, levante!


Thyago Ribeiro

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

   Na madrugada fria e obscura brilhava a lanterna; Em meio a dor, a aflição e a amargura fui de encontro a luz eterna; Sem você vi, aos poucos, tudo mudar; Me segurei, senti o tempo passar; O mártir em mim havia sido apagado; O mar de lágrimas sem fim havia morrido, secado; Fiz de tudo para não alimentar a obsessão; Fiquei mudo, fiz calar essa paixão; Sem amor, sem temor, sem teu calor; Enfim, aqui estou, me afogando, seguindo o rio; O sonho acabou, nada restou, nada existiu;


Thyago Ribeiro

domingo, 6 de fevereiro de 2011

“Bailarina”

No compasso descompassado
Ela encanta com um movimento leve
E com a música de ritmo alternado
Ela torna a eternidade tão breve;

O movimento de nome complicado
Deixa todo público impressionado
E junto à nota semibreve
Ela demonstra o amor que a dança transcreve;

Seu sorriso branco como a neve
Torna público o sentimento que a descreve
Ela faz meu corpo, paralisado, entrar em greve;

Ao fim da dança me encontro admirado
Com olhar fixo de quem está apaixonado
Cada segundo foi vivido e eternizado;


Thyago Ribeiro

“Alternância”

Tudo
Nada

Nada
Tudo

Tudo
Tudo

Nada
Nada!


Thyago Ribeiro

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011