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domingo, 15 de abril de 2012

“Analogias de um bêbado”

Como o álcool que corre em minhas artérias
Arde o sangue que hoje bebo para a morte.
Durmo, então, escondido numa cratera,
Ao relento, sem abrigo... – Não se importe.

Cada copo soerguido por esporte
Guarda em si minhas lembranças hoje velhas.
Guarda mágoas e cartas e recortes...
São pedaços e retalhos da matéria.

Venha, tome um copo, sente-se à mesa.
Sirva-se, amigo, dispense a gentileza.

Beba a dor, beba o mal, beba de tudo.
Beba a vida, beba-a de mim, beba o mundo.

Thyago Ribeiro